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Ocupa ALESC
Durante a greve dos PROFESSORES no ano de 2015, a categoria tomou o saguão principal da ALESC-Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis, com objetivo de ocupar a "casa do povo" e pressionar os deputados estaduais para que estes cobrassem do governo do Estado uma mesa de negociação com a categoria que estava em greve a mais de 30 dias.
Os trabalhadores da educação do Estado de Santa Catarina fizeram com que a Alesc se tornasse por quase trinta e cinco dias a "casa do povo". Primeiro, porque os colchoões de ar, os cobertores, as mochilas e toda a parafernália que compôs o acampamento de 60 pessoas, em média, no hall desta assembleia demonstraram que era o povo que estava ali. Ainda, por que o ditoPalácio Barriga Verde, que diz respeitoaos cidadãos catarinenses, tem acolhido trabalhadores que lecionam no Estado, independente de suas origens e descendências, de gênero e religiosidade, onde todos são iguais na busca pela valorização e dignidade da educação catarinense.
A experiência para os professores que passaram pela ALESC durante os dias da ocupação, tanto os que pernoitaram, aqueles que davam o apoio durante o dia ou mesmo os visitantes podem comemorar o fato desta ocupação se tornar histórica. Com a garra, a persistência e a esperança dos educadores, com as muitas trocas de esperiência profissional e principalmente de vida, colegas de trabalho se tornam amigos, pessoas desconhecidas que percebem nos outros suas ideias.
Em todos esses dias de ocupação foi construído um rico espaço de (trans) formação, sendo organizadas diversas atividades como aulas, debates, manifestações culturais e artísticos. Além disso, as conversas sobre assuntos pedagógicos foram muito importante para nossa contínua formação profissional e política, suprindo inclusive uma lacuna deixada pelo Estado na medida em que pouco investe em encontros, reuniõese cursos onde a troca entre os profissionais aconteça de fato.
Essas atividades só fortaleceram o objetivo desta as no chão, ocupação, e nos deram o apoio necessário para seguir lutando por nossos direitos, apesar das noites mal-dormidas no chão, via de regra com as luzes acesas, ou a nossa angústia em estarmos longe de nossas famílias e comunidades. Sem contar a apreensão em ter a nossa carreira em risco.
Além de ter todas as dificuldades de estar longe de casa, de estar perdendo direitos na nossa carreira profissional, ainda tivemos um ataque da mídia, que tentou ridicularizar e desvirtuar nossa ocupação, nos pintando como culpados ou responsáveis pela precariedade da educação pública, desconsiderando a responsabilidade do Estado pelos problemas da educação.
Permanecemos, durante todos esses dias, mesmo sem apoio integral do Sinte Estadual, com algumas regionais do Sinte mantendo a ocupação, e sindicatos de outras categorias.
A saída foi traumática, foi dolorosa, mas cumprimos um papel essencial durante a mobilização, principalmente agregando lutadores e guerreiros de várias partes do Estado, mantendo a greve viva e forçando a direção do SINTE Estadual a mudar o comando de greve a partir da Assembleia Estadual de Biguaçu.
Texto adaptado da página no facebook do Ocupa Alesc.
https://www.facebook.com/ocupaalesc/home